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Dos 20 aos 30 e poucos…

  • brunaasorensen
  • 24 de set. de 2024
  • 1 min de leitura

Atualizado: 1 de mai.

… dos 20 e poucos aos 30 e poucos, passou tão pouco, mas parece que um abismo se abriu em mim.

Quando me olho, de imediato vejo meus olhos de criança. Mas logo tenho a visão distraída, pelos cabelos brancos que insistem em se desprender, e me vestir. Não me encontro mais no meu corpo, e minhas roupas parecem que não falam mais sobre mim. Elas são tão cheias de certeza. Eu, nem sei quem sou.

De repente 30! De repente eu sou aquela "velha sabia", que eu achava que minha mãe era, quando era quem eu sou. Mas eu não me tornei nenhuma sábia. E pouco sei, além de todas as minhas incertezas. Parece um tempo de contradição…

… em que a única clareza,

é que não sou quem achei que seria aos chegar nos 30.

Será que ela sabia disso e hoje ri de toda minha pretensão?

Adolescentes me chamam de Tia. Mas eu nada sei, além de que não me reconheço ainda na velhice que sustento. E, às vezes, não me encontro na juventude que ainda habita em mim.

Achei que eu ainda saberia brincar mas, meus 30, me trouxeram um ar cansado, e um formato da vida que não sei sustentar.

Ainda não me sinto segura como pensei que me sentiria.

Nem tenho todas as resposta para as dúvidas que eu costumava perguntar.

Mas já sou uma mulher de 30!(?)

. Alguém vai ousar questionar?

Além de mim, é claro. Pois me inquieta saber, quantas versões de mim precisarão existir ainda para que eu consiga acreditar?

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